#11

um

se você não conhece o Núcleo de Tecnologia do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), deveria conhecer. eles desenvolveram o aplicativo Contrate quem luta, essencial.

dois

não existe nome de sentimento que dê conta da satisfação que é quando um álbum novo de bandas/cantores de que gostamos é lançado. noname tá de aplaudir, pra variar (esse baixo é capaz de me fazer acreditar no mundo e na vida dum jeito muito bonito), e em breve tem Mitski. amigas, estamos preparades pra um novo álbum de Mitski?

três

"Fico pensando que estamos muito acostumados a uma ficção mastigada e digerida à exaustão. Franquias que espremem cada história até sobrar apenas o bagaço, vazio de qualquer significado ou possibilidade. Prequels, sequels, reboots. Conteúdos esmiuçando cada detalhe, explicando como interpretar e o que sentir a cada cena. Bastidores. Brinde do McDonald’s. O que é canon, o que é universo alternativo. Embora inegavelmente tenham seu apelo (sobretudo quando lidam com a memória afetiva da audiência), essas coisas nos deixam um tanto sedentários em uma atividade muito importante para a literatura: o preenchimento dos espaços vazios." — acho Fernanda Castro inteligentíssima. achei bem bom também porque dialoga com esse outro texto (em inglês) acertado demais que li esses dias, apesar de falarem sobre coisas distintas, dá pra notar bem que tudo se conecta.

quatro

saiu newsletter da escritora & roteirista de jogos Mariana Brecht sobre, entre outras coisas, ecoansiedade e movimentações ao redor do capitalismo e das crises climáticas. acho que vai ser bem interessante.

cinco

"Estar onde eu estou é me ver inteira. A celebração não é súbita, é um processo, quase um escaneamento do que foi, do que ainda não é e do que me move agora, dos meus desejos, ambições e conquistas. Mas nada disso acontece sem dar antes esse primeiro passo: Fincar o pé no presente.", como escreve bonito a Taís Bravo, minha gente.

seis

este toot hablou e disse tudo que venho pensando há tempos sobre turismo (existe turismo não-exploratório?). Lena cita essa matéria sobre Hawaii, e então, alguns dias depois, me deparei com este curso, que não está sendo ofertado no momento, mas muito me interessa, pois detesto a ideia de viajar e basicamente não poder não ser turista. quando fomos pra Valparaíso, no Chile, ano passado, a forma que encontrei pra tentar “devolver” um pouco do que quer que seja eu estar lá “de visita” foi me voluntariar numa biblioteca infantil (e foi incrível!!!) não consegui fazer nada assim quando conheci o deserto do Atacama (algo que queria desde os tempos de faculdade), que é movimentado pelo turismo. fiquei com o coração pesado de tristeza e emoção de ver tanta boniteza.

finalmente voltar a ver Swarm será?